Edição e diagramação

Edição e diagramação

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Reforma íntima

     Reformar é modificar algo para melhor. Uma construção antiga e carcomida pelo tempo pode ser demolida e, em seguida, reconstruída com base em padrões modernos e estéticos da arquitetura contemporânea. Torna-se um monumento a ser admirado pelos olhos. Da mesma forma, o gênero humano está destinado a sofrer intensa reforma, não na aparência, mas na essência do psiquismo profundo. Tal esforço é reconhecido como reforma íntima, pois visa a troca do "homem velho" pelo "homem novo", mudança que deverá adornar cada vez mais a paisagem existencial do atual milênio. 

O ser carcomido pelos defeitos morais arcaicos passará por sensíveis modificações capazes de lhe restaurar a intimidade psíquica para melhor, desde que assim o deseje. Reforma íntima é medida urgente a ser adotada por todos que se cansaram das dores morais. Não é um sonho, mas um esforço real e ao alcance de todos, uma iniciativa honesta cuja resultante será a harmonia desfrutada na crosta. Não somos destinados a afinarmos-nos eternamente com o mal. Somos fagulhas divinas, trazemos conosco a destinação do bem, mas para que nossas almas reflitam com pureza a luz do Senhor da Vida é preciso empenho no esforço de reforma íntima. 

Isto é, transformar-se, deixar o “velho homem” para atrás e produzir o “Novo Homem”, com ética, com inteligência, um homem capaz de suportar dores e perdas sem querer destruir o mundo, por que as coisas não saíram ao seu gosto. Um homem capaz de seguir em frente mesmo quando uma multidão lhe diz que é melhor desistir. Um homem que sabe o que é certo independente do que dizem as regras. Um homem que respeita o outro ser humano pelo simples fato de ser, não pelas suas posses ou pelo cargo que ocupa. Um homem que ama independente de ser ou não amado. Um homem que sabe que cada ser humano está dando o máximo de si, e que maltratar e desdenhar os pequenos e ignorantes é ignorância maior ainda.

Este é o “Homem Novo” para fazer um “Mundo Novo”!


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Lado sombrio

O cinema moderno, com o intuito de atrair espectadores, volta seus estilos cada vez mais aos moldes da selvageria, se remete ao tempo em que havia heróis. Nesta época o que se dizia dos heróis era que “se sangra, pode morrer”.
Nestas eras sombrias, o ser humano gerava uma cultura mental e psicológica, em uma sociedade ainda sem leis, sem apelos morais, sem religiosidade. Cada indivíduo gerava seu próprio código de honra, mais ou menos rígido de acordo com a dificuldade que tinha em se manter vivo.
A morte andava nas mãos, nas pontas de lâminas afiadas. Estava a espreita em uma árvore, em uma esquina, uma encruzilhada, numa emboscada, ou na adaga de um companheiro ao lado.
Os seres não apreciam voltar suas luzes aos seus campos mentais formados nas trevas do passado por lembrarem ainda do horror de suas vidas pregressas.
Nossa história está viva, e a espera de solução.
Muitas vezes éramos nós na estrada, quando da encruzilhada saltam saqueadores ou mercenários pagos e cortam as gargantas de nossa família. Essa raiva perdura até hoje, porque não houve perdão a tal atrocidade.
Muitas vezes nós éramos os saqueadores ou mercenários pagos a estar na emboscada e cortar as gargantas de uma família inteira. Essa culpa perdura até hoje, porque persiste o remorso e a vergonha.
Assim, impulsionados pelas emoções e sentimentos, de lembranças e histórias que relegamos ao “subconsciente”, agimos de forma bastante animalizada.
Creamos uma cratera, um abismo escuro e lá jogamos toda uma história, todo um passado de culpas, remorsos e vinganças. Mas estas memórias não desaparecem e nos é impossível apagar as emoções e os sentimentos. E justamente estes vêm comandando nossas ações no presente.
Quem somos nós?
Em primeira instância somos o resultado do que temos sido. Acumulamos milênios de história, um incontável número de memórias; e uma cascata infinita de sentimentos e emoções. Somos isso. É disto que é composto o que podemos chamar de corpo energético: O Eu Consciente. O Eu Real.
O corpo energético contém em si um aspecto energético, como um compartimento, porém é mais correto dizer que é uma esfera energética dentro do corto energético. Este é o corpo mental. E não devemos nos apegar ao nome, lembrando que o sol é um corpo celeste, que há milhares de milhões de corpos celestes que diferem entre si, em forma, tamanho, constituição e utilidade.
Também o corpo mental no/e do corpo energético, tem a forma e a dimensão que o ser consciente crê que têm. Mas a forma e a utilidade que tem, o propositadamente gerado, “subconsciente”, porque ele não é necessário, serve tão somente ao propósito do Eu Real de esconder ali suas memórias desagradáveis. Uma sombra densa e impenetrável se forma no corpo mental. Razão e fonte de nossos temores, pesadelos e agressividade. Quando somos contrariados, a vingança é sempre o sentimento que primeiro se apresenta.
Em mais uma tentativa de fuga, evitando a obrigação de vasculhar a própria sombra, o Eu Real quer saber como fará para se libertar da sombra. Esta pergunta é uma fuga e somente outro fugitivo pode lhe dar uma sugestão.


É o momento da grande jornada de todos os milhões de bilhões de espíritos, rumo ao seu corpo mental vasculhar sua sombra.
Esta é a jornada que diferencia um ser animalizado, de um ser espiritualizado.
Trecho de:
(Somos eterno. E agora -       @merichantenor)