O cinema
moderno, com o intuito de atrair espectadores, volta seus estilos cada vez mais
aos moldes da selvageria, se remete ao tempo em que havia heróis. Nesta época o
que se dizia dos heróis era que “se sangra, pode morrer”.
Nestas eras
sombrias, o ser humano gerava uma cultura mental e psicológica, em uma
sociedade ainda sem leis, sem apelos morais, sem religiosidade. Cada indivíduo
gerava seu próprio código de honra, mais ou menos rígido de acordo com a
dificuldade que tinha em se manter vivo.
A morte
andava nas mãos, nas pontas de lâminas afiadas. Estava a espreita em uma
árvore, em uma esquina, uma encruzilhada, numa emboscada, ou na adaga de um
companheiro ao lado.
Os seres
não apreciam voltar suas luzes aos seus campos mentais formados nas trevas do
passado por lembrarem ainda do horror de suas vidas pregressas.
Nossa
história está viva, e a espera de solução.
Muitas
vezes éramos nós na estrada, quando da encruzilhada saltam saqueadores ou
mercenários pagos e cortam as gargantas de nossa família. Essa raiva perdura
até hoje, porque não houve perdão a tal atrocidade.
Muitas
vezes nós éramos os saqueadores ou mercenários pagos a estar na emboscada e
cortar as gargantas de uma família inteira. Essa culpa perdura até hoje, porque
persiste o remorso e a vergonha.
Assim,
impulsionados pelas emoções e sentimentos, de lembranças e histórias que relegamos
ao “subconsciente”, agimos de forma bastante animalizada.
Creamos uma
cratera, um abismo escuro e lá jogamos toda uma história, todo um passado de
culpas, remorsos e vinganças. Mas estas memórias não desaparecem e nos é
impossível apagar as emoções e os sentimentos. E justamente estes vêm comandando
nossas ações no presente.
Quem somos
nós?
Em primeira
instância somos o resultado do que temos sido. Acumulamos milênios de história,
um incontável número de memórias; e uma cascata infinita de sentimentos e
emoções. Somos isso. É disto que é composto o que podemos chamar de corpo
energético: O Eu Consciente. O Eu Real.
O corpo energético
contém em si um aspecto energético, como um compartimento, porém é mais correto
dizer que é uma esfera energética dentro do corto energético. Este é o corpo
mental. E não devemos nos apegar ao nome, lembrando que o sol é um corpo
celeste, que há milhares de milhões de corpos celestes que diferem entre si, em
forma, tamanho, constituição e utilidade.
Também o
corpo mental no/e do corpo energético, tem a forma e a dimensão que o ser
consciente crê que têm. Mas a forma e a utilidade que tem, o propositadamente
gerado, “subconsciente”, porque ele não é necessário, serve tão somente ao
propósito do Eu Real de esconder ali suas memórias desagradáveis. Uma sombra densa
e impenetrável se forma no corpo mental. Razão e fonte de nossos temores,
pesadelos e agressividade. Quando somos contrariados, a vingança é sempre o sentimento
que primeiro se apresenta.
Em mais uma
tentativa de fuga, evitando a obrigação de vasculhar a própria sombra, o Eu
Real quer saber como fará para se libertar da sombra. Esta pergunta é uma fuga
e somente outro fugitivo pode lhe dar uma sugestão.
É o momento da grande jornada de todos os milhões de bilhões de espíritos, rumo ao seu corpo mental vasculhar sua sombra.
Esta é a
jornada que diferencia um ser animalizado, de um ser espiritualizado.
Trecho de:
(Somos eterno. E agora - @merichantenor)
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