Edição e diagramação

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Somos eternos. E agora?



Dizer que as religiões ajudaram a aplacar a fúria e a selvageria humana é minimizar rudemente o mal que também causaram a humanidade. Analisando friamente, as doenças e o medo da morte foi que levaram o ser humano a pensar antes de agir e não podemos dizer que o Ser Humano é pacífico. A fúria, o ódio e a violência fazem valer suas presenças na sociedade moderna, presentes em todas as classes sociais e culturais.
     Podemos considerar as várias formas de violência; a própria religião tornou-se uma forma de violência. Podemos supor que no passado houve uma fé cega nos sacerdotes de que eles salvariam as pobres almas pecadoras, chega a ser constrangedor crer que houve tal inocência, mas demos um desconto em prol do passado, talvez os sacerdotes acreditassem mesmo que salvariam os fieis de suas congregações. Acreditavam realmente que aquelas pobres e ignorantes almas iriam para um provável paraíso por seu intermédio. Vamos aceitar que por pura inocência alguns pobres homens acreditavam que salvariam outros dos infernos e os conduziriam ao paraíso.
No entanto, é inadmissível que nos dias atuais haja quem se sinta sacerdote e que ainda viva de salários recolhidos dos fieis em troca de lhes salvar as almas. Mais estarrecedor ainda é que seres humanos paguem a tais sacerdotes para cumprir tal função. É uma barbárie, uma selvageria tal intercâmbio. A ciência vive ao lado das religiões e não lhes põe termo, não encontra argumentos para isso, ou não tem disposição para tanto. A política não se incomoda, antes, alia-se, quer seja pelo poder financeiro das instituições religiosas, quer seja pelo domínio das massas, fiéis e eleitores, subjugados pelo medo do inferno e da pobreza. Viver é ridículo, morrer é terrível, a mole não tem escolha, pobres coitados, torturados dia e noite, vivem algemados, calados, sequer podem sonhar com a liberdade, até este direito lhes tiram, suas mentes estão aprisionadas. Cercaram as fronteiras do país, cercaram a propriedade e limitaram o pensamento. Parecem seres humanos, mas são zumbis sem alternativas. A raiz desse servilismo, dessa escravidão física e mental é o medo da morte. Há mais a considerar antes de encararmos o medo da morte.