Edição e diagramação

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sábado, 23 de abril de 2011

Espiritualidade: Para que saber dela?



Todos quantos falam do consciente coletivo humano tendem a ser sutis e até gentis. Porém a compreensão da intrincada Psique Humana exige um pouco mais que isso.
Entretanto, o indivíduo pode perguntar: “Porque eu deveria saber mais sobre a psique humana?”. O Ente pode não estar interessado em questões mentais e espirituais. Já ouviu falar de uma ou outra coisa, mas, não quer saber mais nada a respeito de nenhuma delas.
É notório e concisa a razão pela qual muita pessoa se mantém a distância da espiritualidade; seguir os “estreitos” caminhos da espiritualidade exige abandonar suas alegrias materiais terrenas. Ilusões que mantém o ente com a estreita visão de que a vida é somente aqui e agora.
A religiosidade está associada a jejuns e meditações. Ações calmas e comedidas, viver apenas com o necessário para seu sustento, sem jamais causar prejuízo a outrem. E, acima de tudo, auxiliar descomedidamente.
É uma visão muito ampla da realidade e assusta a humanidade inquieta e insegura que não consegue conceber um modo de vida assim.
Não podemos definir efetivamente o que é o sofrer, mas não se incomodar com a miséria e a fome a nossa volta é manter uma distância cínica da sociedade em que vive.
Religião e espiritualidade exigem fé e confiança no bom futuro de todos. Exigem ainda, amor incondicional, desapego das riquezas e olvidar-se todas as ofensas.
Entretanto, o medo é ainda o verbo mais posto em ação na atual humanidade, medo de perigos os mais variados: medo do “estranho” próximo, medo do futuro, medo da dor, do abandono, do desamparo, de ser mal tratado ou de depender de pessoas que talvez sejam inescrupulosas.
O Ser Cósmico se forma a partir do que há de místico nele. Mas são tantas as frustrações e incertezas que nos causam angústias, aflição e pânico, que ter fé no bem, e em um futuro fraterno, chega parecer tolice. Daí que nossa sociedade vive ansiosa e insatisfeita.
Um profundo estudo da consciência humana terrena deixa evidente que essas sombras frias emocionais são espaços entre a fronteira do ego (persona) e do interno EU Verdadeiro o SELF, ou o SI MESMO. Por definição conceitual lógica, diante da metafísica, esta fronteira é o não contato consigo mesmo. O Ente está consciente apenas da superfície externa de SI MESMO, e vive apenas para o exterior dos sentidos. Ignora sua realidade dual, seu corpo energético, sua herança cósmica, sua eternidade e legado maior, o infinito.
Compreender a eternidade e entrar em contato consciente com seu “EU” verdadeiro é primordial para o despertar da consciência de SI, para despertar o poder de ser e a liberdade de viver.
É compreensível que é deveras difícil aceitar essa questão da espiritualidade; admitir que exista um mundo invisível com a capacidade de atuar sobre o mundo físico e até sobre nossas vontades e ações, que esse invisível tem consciência de poder atuar sobre nós, é assustador. Faz com que acabemos por ignorar que exista tal fenômeno.
Entretanto, entendemos que,

“A ciência do espírito proporciona o bem geral definitivamente. Concedendo as creaturas a paz e a gratidão por viver (...) restaura nos corações humanos os ensinamentos límpidos do evangelho de Jesus e abre espaço no seio da humanidade para uma religião de realidade interna”. (Hammed – Os prazeres da alma)

Há outra questão intrincada, mas é de relevante importância que se toque nela: Ouvir o nome de Jesus causa uma compressão repentina do corpo energético de muitos indivíduos. Sentem-se acusados; as pessoas geraram culpas que precisam ser expiadas e não estão devidamente preparadas para enfrentá-las agora. Gerou-se uma cultura materialista tão forte que dificulta em muito a compreensão verdadeira e exata das palavras de Jesus.
A harmonia entre nós há vir da harmonia dentro de nós.
A jornada do alto conhecimento é necessária e se faz urgente!
Então temos que fazer a pergunta: “Como encetar esta jornada rumo ao autoconhecimento, como se faz essa conexão com o EU verdadeiro interno?”.
Ou o ente está preparado para despertar para a cultura espiritual, ou vai considerá-la desnecessária.
Esta busca exige trabalho, esforço, investigação, propósito. O que exige tempo e disposição, itens que se encontram apenas no sentimento de urgência e necessidade.