Edição e diagramação

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sábado, 5 de junho de 2010

Terapia: Espírito Lívre! A FELICIDADE

Quantos procuram a felicidade!
Vivem a dizer que querem ser felizes. Mas o que venha a ser isto?
“Ser Feliz!”?
O Aurélio dá-nos algumas definições: Que desfruta de satisfação e ventura; ditoso, afortunado, venturoso; 2. Intimamente contente, alegre, satisfeito: Vive feliz com os seus. 3. Que prosperou; 4. Que teve bom resultado; bem-sucedido. 5. Favorecido pela sorte; afortunado. 6. Que proporciona felicidade; abençoado, bendito.
Busco o dicionário por conter a definição pura e simples das palavras. Mas me diverte pois a palavra não é a coisa em si. Mas tomam a palavra pelo que buscam. A felicidade é uma abstração. É em si um substantivo abstrato. Não pode ser tocado, não pode ser medido, não pode ser pesado. Pode apenas ser sentido. Se é que pode. Se for que tal conceito existe realmente. O ser humano procura a felicidade, ou procura pela definição que lhe deram de tal palavra? Crearam a palavra, em seguida o conceito e a idéia de que devemos nos sentir de acordo com este conceito, devemos busca-lo, devemos viver, trabalhar, lutar por consegui-lo. É uma busca frustrada, uma vez que essa tal felicidade jamais se concretiza, e quando alguns se enganam que alcançaram tal termo, o sentimento especificado dura muito pouco tempo. A realização do ser humano parece passar pelo conquista do conceito de felicidade. Vidas inteiras são perdidas na busca da realização desta definição. Vidas que se acabam frustradas e pesarosas, vazias até, por sentirem que não lograram êxito em sua busca. Os seres não se sentem de acordo com a definição de felicidade e por isso tornam-se tristes, deprimidas, viciosas, angustiadas, pessimistas, rancorosas, dissimuladas, irônicas, cínicas, perdem o gosto pela vida e o interesse pelo próximo.




A busca


Horas a fio, por anos seguidos, venho perguntando-me: O que faz as pessoas perseguirem conceitos sociais e lutar desatinadamente por ajustarem-se a tais conceitos? Porque não se questionam quem gerou estes conceitos? A busca pelo ajustamento leva, inevitavelmente à frustração. Nunca se consegue ser de acordo com o definido como ideal. Há no entanto no ser humano uma tendência a ser como todo mundo. Ser tal qual a maioria. Um ardente desejo de ser aceito pelos demais. Medo. Medo da solidão. Medo de sofrer de fome e frio talvez. Talvez a busca não seja mesmo por ser feliz, mas, por ter uma vida que seja aceitável pelos demais. Nessa busca por ser aceito o ente anula a si em prol dos outros. Isto por que não se conhece. A anulação do seu “EU PRÓPRIO” é o preço que paga por ignorar a si e viver para ajustar-se aos demais.
Claro estamos falando de evolução de espírito. De expansão da consciência. Do sentimento da integralidade com o cosmo. Assim que indivíduos de parco senso de existência não reconhecem por si as leis da vida e encontram-se endividados. Preferem seguir as leis sociais vigentes, como não discernem umas das outras, seguem tudo o que a sociedade em que se encontram dita. São cegos controlando cegos. Os primeiros geram leis próprias na vã e débil esperança de que possam fugir das leis supremas, os segundos acreditam que seguindo essas leis terão uma vida menos tormentosa. Engano seguido de ilusão. A frustração é a marca da vida na terra. Mesmo assim é muito difícil levar alguém a meditar, a refletir. Pára escaparem de suas dores e angustias inventam todo tipo de distração. Acabam por chamarem essas fugas de ser feliz por alguns momentos. Momentos que custam caro e acabam por trazer mais frustração e angústia. Uma vez que quem busca a felicidade na verdade está a trás de uma definição, e por verdade é um ser que busca ajustar-se para ser aceito pela sociedade em que vive, não pode mesmo ser feliz, uma vez que não é a felicidade mesmo que o interessa, mas o ser aceito pelos demais. Assim sendo mesmo que venha a ser feliz, mas se os que o rodeiam não concordarem de que o estado em que se encontra é de felicidade ele próprio abandonará sua felicidade. É um paradoxo e uma lastimável perda de vida, uma vez que nossa humanidade é mesquinha, orgulhosa, egoísta, invejosa e insatisfeita. Não admitirá de modo algum que algum outro tenha conseguido primeiro o que está buscando. No conceito de felicidade restrito formulado por nossa ignóbil atual humanidade está o ser adorado e invejado pelos demais. E invejar já em si um sentimento de derrota do próprio invejoso que vê-se obrigado a reconhecer, e em silêncio diga-se, que o outro tem ou é o que ele próprio gostaria de ter e ser e não conseguiu. É um sofrimento íntimo e solitário que deve doer demasiado no mais íntimo da alma. Mesmo assim não consegue dissuadir-se do intento de ajustar-se a moda ou ao estabelecido. Não consegue viver por si próprio, precisa que alguém lhe diga como deve ser, agir e pensar.

Outro modo de vida

Está nos livros sagrados, creditado a Jesus de Nazaré, que a felicidade não é deste mundo. Que a verdadeira felicidade neste mundo está em fazer a vontade de Deus. Que lhe parece?
Obviamente que seres de parca compreensão da realidade da vida, não querem esperar para ser felizes na dúvida de um provável outro mundo. Querem ser felizes agora, já, aqui.
Sartre dizia que “o inferno são os outros”. Não que ele próprio pensasse assim, mas o disse em razão de perceber que entre o indivíduo e a sua felicidade estão os outros. As pessoas acreditam que não podem ser felizes direito por que há outros atrapalhando suas vidas, impedindo a sua felicidade. Que fazer? Negociar a felicidade. Vender e comprar. Pode não estar feliz, mas sente-se satisfeito. É uma espécie de mais-valia, pelo menos tem alguma coisa a mais que os outros, fama, dinheiro, poder, algo com que possa suprir seu orgulho.
A busca real é pela sensação de estar inteiro intimamente. Estar integrado em si mesmo. Sentir-se realizado. Podemos afirmar sem sombra de dúvida que para isto acontecer é necessário o auto conhecimento. Conhecer a si em toda a sua extensão e profundidade.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Terapia: Espírito Lívre!

A insustentável leveza do ser

  • De qualquer forma, reservar espaços mentais para o desapego das coisas, das pessoas e das posições, analisando a inevitabilidade da morte, que obriga o indivíduo a tudo deixar, é uma terapia saudável e necessária para um trânsito feliz pelo mundo objetivo.

  • Reverter o sistema injusto e desgastante, no qual se mede e valoriza o homem pelo que tem, e não pelo que é, em razão do que pode, não do que faz, é o compromisso de todo aquele que é livre.
  • A desordenada preocupação por adquirir, a qualquer preço, equipamentos, veículos, objetos da propaganda alucinada; a ansiedade para ser bem-visto e acatado no meio social; o tormento para vestir-se de acordo com a moda exigente; a inquietação para estar bem informado sobre os temas sem profundidade de cada momento transtornam o equilíbrio emocional da criatura, arrojando-a aos abismos da perda da identidade, à desestruturação pessoal, à confusão de valores.

Terapia: Espírito Lívre!


O AMOR: A PANACÉIA FILOSOFAL


  • O amor deve ser uma constante na existência do homem.
Há em tudo e em todos os seres a presença do Amor. Em um lugar revela-se como ordem, noutro beleza e, sucessivamente, harmonia, renovação, progresso, vida, convocando à reflexão.

O amor é o antídoto mais eficaz contra quaisquer males. Age nas causas e altera as manifestações, mudando a estrutura dos conteúdos negativos quando estes se exteriorizam.

Revela-se no instinto e predomina durante o período da razão, responsabilizando-se pela plenificação da criatura.

O amor instaura a paz e irradia a confiança, promove a não-violência e estabelece a fraternidade que une e solidariza os homens, uns com os outros, anulando as distância e as suspeitas. É o mais poderoso vínculo com a Causa Geradora da Vida. É o motor que conduz à ação bondosa, desdobrando o sentimento de generosidade, ao mesmo tempo estimulando à paciência.

Graças à sua ação, a pessoa doa, realizando o gesto de generosa oferta de coisas, até o momento em que é levado à autodoação, ao sacrifício com naturalidade.


O amor é o rio onde se afogam os sofrimentos, pela impossibilidade de sobrenadarem nas fortes correntezas dos seus impulsos benéficos. Sem ele a vida perderia o sentido, a significação. Puro, expressa, ao lado da sabedoria, a mais relevante conquista humana.

Terapia: Espírito Lívre!


Evitar o sofrimento

Aplicar a compaixão quando agredido.

Uma reação de pesar, ante o ato infeliz, produz um efeito positivo no agressor. Proporciona o equilíbrio à vítima, que não desce à faixa vibratória violenta em que o outro se demora. Impede a sintonia com a cólera e seus famanazes, impossibilitando a instalação de enfermidades nervosas e distúrbios gastrointestinais e outros, face à não absorção de energias deletérias.

A compaixão dinâmica, aquela que vai além da piedade buscando ajudar o infrator, expressa bondade e se enriquece de paixão participativa, que levanta o caído, embora seja ele o perturbador.


Essa conduta impede que se instale o sofrimento na criatura.

Terapia: Espírito Lívre!


Superar o sofrimento

Identificar e estimular os traços de bondade do caráter alheio.


Não há solo, por mais sáfaro, que, tratado, não permita o vicejar de plantas. Em todo sentimento existem terras férteis para a bondade, mesmo quando cobertas por caliça e pedregulhos. Um trabalho, breve que seja, afastando o impedimento, e logo esplendem os recursos próprios para a sementeira da esperança.


Os indivíduos que se notabilizavam pela maldade na vida privada e no seu círculo social, revelavam-se bondosos e gentis tornando-se amados pela família e pelo grupo, mesmo conhecendo-lhes as atrocidades em que eram exímios.


A maldade sistemática, a impiedade, o temperamento hostil revelam as personalidades psicopatas que, antes, necessitam de ajuda, ao invés de reproche. A bondade, neles latente, aguarda o momento de manifestar-se e predominar, mudando-lhes o comportamento.


Com tal atitude, a de identificar a bondade, torna-se possível a superação do sofrimento, como quer que se apresente, especialmente o que tem procedência moral.

TERAPIA ESPÍRITO LIVRE

_Considerar todos os indivíduos como dignos de ser amados e tomar por modelo alguém que o ama e se lhe dedica, por isto mesmo, credor de receber todo o afeto.
Este sentimento, sem apego nem interesse gerador de emoções perturbadoras, desarma o indivíduo de suspeitas, de ansiedades e medos, ao mesmo tempo dirimindo as incompreensões de outrem e desarticulando quaisquer planos infelizes.
_Uma visão favorável sobre alguém dilui as nuvens densas que lhe obscurecem a personalidade, facultando um relacionamento positivo. A não-reação à agressividade do outro desmantela-lhe a couraça de prepotência, na qual se oculta. Se a resposta é otimista e sem azedume, conquista-o para um intercâmbio útil, ampliando-lhe o círculo de expressões afetivas. Logo, este sentimento contribui para anular os efeitos do sofrimento moral e dissipar algumas, senão todas as suas causas perturbadoras.
_O ato de ver bem as demais pessoas, torna-se um hábito terapêutico preventivo, em relação às agressões do meio ambiente, dos companheiros, constituindo um encorajamento para a luta libertadora.
_O cultivo, a expansão de idéias e conceitos edificantes apagam o incêndio ateado pelo pessimismo da maledicência, da inveja, da calúnia, tornando respirável a atmosfera social do grupo onde o homem se localiza.