Edição e diagramação

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Ser Espírita!




O termo “Espírita” está bastante em voga, provocando exclamações e conceituações, muitas vezes apressadas e não condizentes com a realidade a que o termo se refere. Entrar em contato com os espíritos é apenas uma das situações a que o espírita se vê envolvido. Esclarecendo antes que em todas as eras da humanidade e em todos os seguimentos religiosos sempre houve quem entrasse em contato com os espíritos, não tendo necessariamente que ser espírita.
A relação mundo material e mundo espiritual sempre existiu. Mesmo nos mais recônditos povoados do planeta, em agrupamentos humanos selvagens, em tribos humanas que viviam nas selvas, houve contato com o mundo espiritual. Os shamans e pagés são a prova deste intercâmbio. Note-se, 1º) que aos espíritos não interessa a religiosidade do encarnado, mas a necessidade de entrar em contato; 2º) que a não consciência do encarnado de estar em contato com os espíritos também não lhes interessa; 3º) a denominação que se dê à experiência espiritual do encarnado também não afeta o objetivo do contato.
Ainda é salutar esclarecer que o espírito pode ser mais ou menos esclarecido dependendo do grau de adiantamento Intelectual e Moral que tenha alcançado. Necessário se faz que se esclareça tal fato, por que um observador atento pode perceber que determinados espíritos no decorrer da história, e mesmo na atualidade, exigem certos rituais para estabelecer contato, tais como, cores, vestes, altares, estátuas, certas bebidas ou centenas de outros objetos e mesuras. Enquanto que a outros (por certo mais adiantados moralmente), pouco se lhes dá a forma com que são chamados, mesmo por que suas presenças no convívio material sempre se dão por alguma necessidade de instrução ou auxílio. Apenas por ser espírito o ser manifestante não há de ser necessariamente evoluído ou compreende os mistérios a cerca da vida, do infinito e da eternidade. Nem sempre está a serviço do bem, nem sempre tem condições de instruir ou de auxiliar com eficiência. Há milhares de médiuns no mundo hoje que entram em contato com seres de outras dimensões sem, no entanto serem exatamente espíritas.

O Espírita
O termo Espírita tornou-se popular com a publicação de o “Livro dos Espíritos” que leva a assinatura do Pedagogo Allan Kardec. Creando também o termo “Espiritismo”, que se refere ao estudo e análise da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada (organizada) em 1857, na França. Surgiu, pois há mais de um século e meio. Trás em si três faces: filosofia, ciência e religião (moral). Faz-se importante esclarecer ainda que, ao nos referirmos ao Espiritismo como DOUTRINA, nos referimos da seguinte maneira: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, filosófico, científico, etc. Não como uma doutrina que quer convencer alguém de algo, sobre qualquer pretexto.
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados. Ou seja, o Espírita é antes de tudo um estudioso de si mesmo, da humanidade, da vida, da espiritualidade, da eternidade e do infinito, não alguém que fale com espíritos, embora essa prática também é comum entre os estudiosos, o Espírita mesmo.
Ser Espírita é dedicar sua vida a entender nossa razão de ser, compreender os mistérios de circundam o ser humano, procurando melhorar seus pensamentos, suas atitudes, seus desejos e paixões, por vezes ainda, bastante animalizados. Aceitar nossa condição de seres humanos efêmeros no que se refere ao nosso tempo de vida no planeta terra, aceitar também que o planeta é uma “sala de aula”, uma escola viajando no infinito, que nós, espíritos encarnado, somos educandos neste educandário cósmico. Temos por mestres os espíritos evoluídos e por enganadores, espíritos de pouca compreensão intelectual e de baixa moralidade, que se conprazem em enganar e iludir os incautos encarnados que ainda transitam nas esferas do egoísmo e do orgulho, iludidos de que possuem algo, e necessitados da bajulação alheia. O espírita está atento, reconhece sua própria ignorância e fraqueza moral, sendo que tudo faz para vencer suas más tendências e paixões vis que ainda o mantém preso ao rol das encarnações e dos carmas.
Instrução ao Espírita
Para que o "Eterno viajor” não se perca entre os enganadores e bajuladores de plantão, os espíritos superiores enviaram, através de Allan Kardec, em cinco obras fundamentais, o “Pentateuco Espírita”, lembretes e princípios para nortear, como um farol a iluminar do cume na escuridão, os caminhos e as consciências daqueles que vão despertando do sonambulismo da inconsciência e das trevas das paixões.
Sem a intenção de nos alongarmos, ressaltamos cinco princípios básicos, que servem de setas seguras ao espírito espírita no caminho da consciência cósmica e da evolução em direção a luz:
1 - A existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte.
2 - A reencarnação.
3 - A lei de causa e efeito.
4 - A comunicação entre o mundo material e espiritual.
5 - A evolução progressiva dos Espíritos.
Allan Kardec explica que “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”. Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.

Espírita Consciente

O espírita superou qualquer tipo de ritual ou mistificação.
Sendo que por ritual entende-se: Conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou por normas, e que se deve observar de forma invariável em ocasiões determinadas; cerimonial. Não há qualquer necessidade de ritualismos na convivência espírita. Espíritos evoluídos não podem ser convencidos por meros rituais, mas tão somente pelo sincero desejo do bem, pela verdadeira vontade de progredir, pelo esforço constante que faça em se melhorar e dissuadir-se de suas más tendências e inclinações.
Por mistificação entende-se: Aquele que, mediante a contemplação espiritual, procura atingir o estado extático de união direta com a divindade. O Espírita sabe que sua evolução dar-se-á apenas pelo seu esforço individual. Pelo empenho em estudar e compreender sua condição de espírito eterno e infinito. A meditação e a reflexão são, sem dúvida, atos salutares à compreensão do tema estudado, mas a contemplação pura e simples nada significa. Ainda o espírita não crê em qualquer poder que se diga haver em objetos ou seqüência de movimentos. Objetos inanimados não possuem qualquer tipo de poder. Toda força vem de uma consciência viva, e vivo somente o é O ESPÍRITO!